RESULTADOS 1T 2019. ABANCA lucra 156 milhões e volta a aumentar as suas receitas recorrentes
- Com um ROE de 13,5%, a entidade é uma das mais rentáveis do setor financeiro espanhol
- A margem bruta aumentou 7,1% com base nas receitas recorrentes
- O volume de negócios ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 70.000 milhões, graças a aumentos tanto do crédito, como dos depósitos
- O nível de satisfação dos clientes aumentou 48% devido ao investimento no aumento das capacidades do serviço e inovação de produtos
- O financiamento a PME e ENIs, com 525 milhões de euros em novas formalizações no trimestre, mantém-se como pilar do crescimento do crédito
- A produção de novos seguros cresceu 59,8%, enquanto os fundos de investimento, planos de pensões e seguros de poupança cresceram 3,4%
- A taxa de incumprimento baixou 3,5%, após 21 trimestres consecutivos de redução de saldos em incumprimento, e a cobertura mantém-se em 59%
- O rácio de capital CET1 situa-se em 14,8%, 604 pontos base acima dos requisitos regulatórios
- No primeiro trimestre do ano, a Fitch Ratings elevou a avaliação dada ao ABANCA para o grau de investimento
O ABANCA encerrou o primeiro trimestre de 2019 com um lucro líquido de 156 milhões de euros. Com um ROE de 13,5%, a entidade continua posicionada de forma sólida entre as mais rentáveis do setor.
O resultado conseguido baseia-se numa capacidade crescente de gerar receitas, refletindo um crescimento de 7,1% da sua margem bruta. Nesta melhoria, destacam-se especialmente a margem comercial e as receitas por serviços.
Tudo isto acompanhado de uma significativa melhoria na qualidade do ativo. Os créditos de cobrança duvidosa, que se reduziram em 28,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, encadeiam-se em 21 trimestres consecutivos de descida. A taxa de incumprimento situou-se, deste modo, em 3,5%.
Aumento das receitas
O ABANCA continua a aumentar a sua capacidade de gerar receitas com base no desenvolvimento da sua atividade de retalho. A margem bruta do primeiro trimestre alcança os 284,4 milhões de euros, o que significa um aumento de 7,1% face ao mesmo período do ano anterior.
A margem comercial mantém a tendência dos últimos trimestres e é a principal fonte de crescimento da margem de juros. Este resultado foi conseguido graças à boa gestão de preços, que permite otimizar o spread com clientes, e ao dinamismo comercial, que gera uma nova produção, com melhores taxas, tanto no ativo, como nos depósitos a prazo.
No capítulo das receitas recorrentes, destaca-se o aumento das receitas por prestação de serviços, que cresceram 8,2%. Todas as rubricas registam uma evolução positiva: as receitas por serviços bancários cresceram 13,4%, as provenientes de cobranças e pagamentos cresceram 9,7% e as geradas pela venda de seguros, planos e fundos cresceram 1,8%.
Crescimento eficiente
O ABANCA continua a sua aposta em projetos estratégicos que reforcem o seu perfil financeiro e de geração de receitas de maneira eficiente.
O seu rácio de eficiência situou-se no fim de março em 52%, em linha com as melhores práticas do setor.
Para o bom comportamento deste rácio contribuíram tanto a otimização de gastos não estratégicos, como a melhoria das receitas: a margem bruta aumentou 7,1%.
A melhoria das capacidades digitais constitui uma das alavancas de transformação fundamentais da entidade, tanto no tipo de operação, como na produtividade. Os canais digitais geraram já 56,4% do total de transações, com um crescimento anual de 12,7%, sendo decisivos para aumentar tanto o volume de negócios, como a produtividade dos colaboradores.
Volume de negócios acima dos 70.000 milhões
O volume de negócios situou-se pela primeira vez acima dos 70.000 milhões de euros, depois de registar no fecho do primeiro trimestre um aumento anual de 6,5%. Este crescimento é fruto de aumentos equilibrados tanto nas rubricas de crédito a clientes, como de captação de recursos.
A carteira de crédito normal a clientes cresceu 6,5%. Nesta rubrica, há um protagonismo cada vez maior no financiamento a empresas e ENIs, que receberam no primeiro trimestre do ano 525 milhões de euros em novas formalizações e supõem já 40% do investimento creditício total.
Esta evolução do negócio está ligada à aposta da entidade em potenciar os níveis de satisfação do cliente, algo que se reflete no aumento do NPS (Net Promotor Score) de 23 a 34 pontos.
Destaca-se especialmente os níveis de recomendação mostrados pelos setores mais jovens (58% recomendam ativamente o ABANCA). Além disso, 68% dos novos clientes do ABANCA recomendam a entidade, e o NPS após a contratação de novos produtos situa-se em 59 pontos.
Os recursos captados de clientes aumentaram 6,7%, com crescente protagonismo dos saldos à ordem e os fundos de investimento, planos de pensões e seguros de poupança.
A produção de novos seguros aumentou 59,8%, destacando-se os seguros de saúde (+59%), os de empresas (+37%), e os de vida (+19%). A “Tarifa Plana de Seguros”, o serviço de destaque do ABANCA neste mercado, assinalou mais de 16.000 novos registos no trimestre.
Na frente na qualidade da carteira
Após uma nova descida registada nos primeiros três meses de 2019, o ABANCA soma já 21 trimestres consecutivos de redução de créditos de cobrança duvidosa. Entre março de 2018 e março de 2019, estes ativos reduziram-se em 28,9%, o que permitiu situar a taxa de incumprimento em 3,5%, muito abaixo da média do sistema financeiro espanhol.
O ABANCA é a entidade espanhola com a menor carteira de créditos de cobrança duvidosa, situação que se une à quantidade reduzida de ativos adjudicados que tem no seu balanço. Em conjunto, considerando o nível de crédito de cobrança duvidosa e ativos adjudicados sobre os ativos totais, o ABANCA está, com um rádio de 1,6%, na frente do ranking espanhol.
O custo do risco, situado em 0,1%, mantém-se entre os melhores do mercado graças à redução dos ativos duvidosos.
O ABANCA situa-se na frente em relação à cobertura de ativos não produtivos, com uma taxa total que aumentou 7 décimas desde dezembro, até se situar em 59,2%. A redução de ativos não produtivos, unida aos elevados níveis de cobertura e capital, continua a situar o ABANCA, por mais um trimestre, enquanto a entidade com maior rácio Texas do sistema (32,8%).
Liquidez e capitalização
A entidade dispõe de uma cómoda posição de liquidez de 12.344 milhões de euros entre ativos líquidos e capacidade de emissão de certificados. Os ativos líquidos cobrem mais do dobro dos vencimentos de emissões. Os rácios de financiamento líquido estável NSFR e de cobertura de liquidez LCR, situados respetivamente em 127% e 235%, cumprem os requisitos regulatórios fixados por Basileia III.
O rácio de capital total continua a diversificar-se na sua estrutura e situa-se em 17,0% phase-in (16,2% fully loaded). O capital de qualidade máxima (CET1) situou-se em 14,8% phase-in (14,0% fully loaded), entre os mais elevados do sistema espanhol, com 604 pontos base acima dos requisitos regulatórios.
Melhorias nas avaliações das agências de rating
No primeiro trimestre, a agência de avaliação Fitch Ratings reviu o rating dado ao ABANCA, elevando-o para a categoria de grau de investimento.
Na hora de tomar essa decisão, a agência destacou a melhoria substancial da qualidade dos ativos da entidade, assim com o fortalecimento da sua franquia, a sua sólida posição de capital, a estabilidade do perfil de financiamento e liquidez, e a melhoria da rentabilidade recorrente.
Além disso, a Standard & Poor´s posiciona o ABANCA a um escalão da categoria de grau de investimento, enquanto a Moody’s dá uma perspetiva positiva ao rating da entidade.