ABANCA regista lucro de 104,3 milhões de euros, com aumento em termos recorrentes de 14,3%
- Os lucros recorrentes melhoraram face ao ano passado, pela evolução positiva dos resultados das receitas e na contenção de custos
- As componentes mais recorrentes continuaram a aumentar a sua contribuição para a rentabilidade, tal como demonstrado pela melhoria de 6,5% das receitas base
- O banco permanece entre os mais sólidos do setor, com uma cobertura de ativos de cobrança duvidosa de 82,9%
- O rácio de capital total situa-se em 16,4%, superando os requisitos regulatórios, tendo com um excedente de 1,440 milhões de CET1
- O volume de negócios cresceu em mais de 6.800 milhões (+6,6% no período homólogo) para mais de 110.000 milhões de euros
- O ABANCA apoia as PME e os trabalhadores independentes com mais de 1,5 mil milhões de empréstimos no primeiro semestre do ano, um ritmo que se situa 35% acima dos valores pré-pandemia
- Sucesso da proposta diferencial de assessoria financeira e seguros: o banco aumentou o volume do serviço de gestão de carteiras em 32% e o stock de seguros em 11%

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O ABANCA continua a manter a sua sólida posição financeira, o que lhe confere grande resiliência para enfrentar as incertezas do ambiente macroeconómico. Destaca-se a elevada qualidade dos resultados obtidos, com base nas componentes recorrentes do negócio, bem como as medidas de eficiência implementadas. O bom desempenho continua a ser reconhecido pelas agências de rating com novas classificações favoráveis, tais como a emitida em junho pela DBRS Ratings GmbH, que melhorou em um nível o rating de emissor a longo prazo e manteve a perspetiva estável. O segundo trimestre do ano também registou progressos significativos no programa de atividades ESG do Banco.
Recorrência e dinamismo
A margem recorrente (diferença entre a margem básica e as despesas operacionais) ascendeu a 118,0 milhões de euros, mais 16% em comparação com o ano anterior. Para além disso, a soma da margem de juros com as receitas dos serviços bancários (margem básica) aumentou a sua contribuição à margem bruta em 10 pontos percentuais de 82% para 92%. O primeiro semestre do ano registou um forte dinamismo na concessão de crédito às famílias e empresas, uma prioridade fundamental da política do banco de apoio aos seus clientes. As formalizações de hipotecas de primeira habitação cresceram 67,6% em comparação com o mesmo período de 2019, enquanto as que dizem respeito a empréstimos a PME e trabalhadores independentes cresceram 35,0%. Os ativos dora de balanço tiveram um desempenho semelhante, com um crescimento de 26,7% nas subscrições líquidas de fundos de investimento e produtos estruturados em comparação com junho de 2019, e de 31,9% no serviço de gestão discricionária de carteiras em comparação com o mesmo período do ano passado.
Novos Clientes
O crescimento do banco tem sido impulsionado por uma ampla campanha publicitária em Espanha, que está a ter como resultado uma captação intensa de novos clientes. O número de novos clientes fora da Galiza cresceu 61% em comparação com o ano passado, enquanto que os novos pedidos de contratos digitais iniciados aumentaram 47%. O lançamento de produtos inovadores e diferenciados, outro elemento-chave na estratégia do banco, continua a cumprir marcos de acordo com o objetivo. Após o lançamento em 2021 dos seus primeiros produtos próprios (seguro automóvel ‘Copiloto’ e seguro de proteção de pagamentos), o ABANCA apresentou dois novos seguros - de vida e de negócios - no segundo trimestre de 2022, e planeia aumentar a sua oferta nos próximos meses com produtos para área da saúde e da habitação.
Crescimento das receitas
O lucro do banco entre janeiro e junho de 2022 foi de 104,3 milhões de euros. Este valor ficou 14,3% acima do registado no mesmo período do ano anterior, descontando o impacto contabilístico da integração do Bankoa, que teve lugar em janeiro de 2021. A margem básica aumentou 6,5%, devido ao bom desempenho tanto da margem de juros como das receitas provenientes da prestação de serviços. A margem de juros cresceu 4,6% no período homólogo, impulsionada pelos bons resultados da margem comercial, que melhorou 5,8%. As receitas obtidas com a prestação de serviços cresceram 11,6%, tendo contribuído para esta evolução, em particular, o dinamismo da comercialização de seguros, que aumentou 11,0% em termos anuais. A margem recorrente (a diferença entre a margem básica e as despesas operacionais) também cresceu 16,0% em relação ao ano anterior, elevando o rácio de eficiência para 69,8%. O custo do risco permaneceu baixo (0,15%), graças à boa qualidade de crédito (rácio NPL de 2,1%) e às provisões elevadas. O Banco mantém elevados níveis de cobertura (rácio de cobertura NPL de 82,9%) em aplicação da sua política de gestão prudente do risco e especificamente para se proteger da incerteza do ambiente.
Mais de 110 mil milhões de euros
No final do segundo trimestre, o volume de negócios cresceu 6,6% em termos homólogos, permitindo ao ABANCA ultrapassar pela primeira vez o limiar dos 110 mil milhões de euros. Os empréstimos e adiantamentos aos clientes atingiram 47.114 milhões de euros (+4,2%), enquanto a captação de fundos ascendeu a 62.953 milhões de euros (+8,5%). A carteira de crédito a clientes em situação normal cresceu 4,9% para 46.603 milhões de euros. O financiamento a famílias e empresas continua a ser a componente maioritária: ambos representam 79% do total. Os depósitos de clientes aumentaram 10,0% para 51.017 milhões de euros. Outros indicadores que refletem o crescimento do negócio do banco são: o aumento dos clientes valor (8,6%), dos cartões de crédito e débito (3,8%) e do número de terminais POS (11,6%). As áreas de seguros e de assessoria financeira continuaram a crescer apesar da volatilidade dos mercados e estão cada vez mais presentes nos lucros recorrentes. Os recursos fora do balanço cresceram 2,5% numa base anual para 11.936 milhões de euros. O serviço de gestão discricionária de carteiras teve um volume total gerido de mais de 1.200 milhões de euros e 13.000 clientes, graças, entre outras coisas, à extensão do serviço à grande maioria dos clientes do banco, independentemente do montante dos ativos depositados no banco. O negócio dos seguros, também fundamental para a estratégia do banco de diversificação das fontes de receitas, continuou a crescer a dois dígitos. Os prémios em geral e os seguros de vida cresceram 11,0% para 359,8 milhões de euros. Destacam-se os segmentos em que o ABANCA já tem os seus próprios produtos, tais como proteção ao crédito (+18%) e auto (+17%), empresas (+15%) e de vida (+11%).
Líder do setor em cobertura
Mais um trimestre e o ABANCA continua a liderar o setor financeiro espanhol como a instituição com o maior rácio de cobertura de ativos duvidosos (empréstimos duvidosos e ativos excluídos), cerca de 75,5%, permitindo-lhe enfrentar confortavelmente o clima atual de incerteza económica. O rácio Texas situa-se em 27,2%. Apesar do ambiente económico desfavorável, o rácio de morosidade manteve-se estável em 2,1%, muito abaixo da média do setor. O crédito malparado diminuiu 2,8% nos últimos 12 meses (numa base comparável, excluindo o negócio adquirido ao Novo Banco Espanha). As operações de apoio às empresas com garantias do estado, ascendem a um total de 3.607 milhões de euros, e demonstram um desempenho semelhante ao da carteira como um todo: no final do segundo trimestre, apenas 2,2% eram duvidosos.
Confortável posição de solvência e liquidez O rácio de capital do ABANCA situou-se nos 16,4% (12,5% de capital de qualidade máxima CET1). Graças a uma estrutura de capital diversificada, o banco está bem preparado face aos requisitos estabelecidos: 387 p.b. (1.274 milhões de euros) em capital total e 437 p.b. (1.440 milhões de euros) em CET1. Com um rácio de 17,9%, o banco cumpre confortavelmente os requisitos do MREL estabelecidos para 2022. O ABANCA tem também uma sólida posição de liquidez baseada em depósitos a retalho, que, com 71% do total, são a principal componente da sua estrutura de financiamento. O banco tem um rácio de empréstimos sobre depósitos a retalho de 92,3%. O ABANCA tem mais de 15.600 milhões de euros em ativos líquidos, o que significa que cobriu um montante equivalente a 4,2 vezes o total dos vencimentos previstos das emissões. O rácio de financiamento estável líquido NSFR e o rácio de cobertura de liquidez LCR foram de 132% e 241%, respetivamente.
Novos avanços na sustentabilidade
O ABANCA continua a reforçar a sua dimensão social e a dar mais passos em frente no desenvolvimento do Plano de Acão Bancária Responsável e Sustentável 2021-2024. Na área ambiental, o banco reduziu a sua pegada de carbono em 29% de 2021 e alcançou a neutralidade para as emissões de 2020 através do Plano de Redução e Compensação. Também no último trimestre, o banco aderiu à Aliança Galega pelo Clima e assinou um acordo com a União Fotovoltaica Espanhola para promover a energia solar através da concessão de financiamento. Na esfera social, o banco implementou novas ações destinadas a garantir a inclusão financeira, especialmente para os mais idosos. O banco criou um serviço telefónico personalizado para clientes idosos, continuou a instalar caixas ATM nas zonas rurais que até agora não as possuíam, e desenvolveu várias ações de literacia financeira. Por outro lado, com a incorporação de José Manuel González-Páramo, o ABANCA reforçou a maioria (75%) dos membros independentes do Conselho de Administração. Também na área da governação, o banco desenvolveu várias ações de formação em finanças sustentáveis (riscos ESG e regulamentação SFDR) que desenvolvem as capacidades das nossas equipas.
Agências de notação de risco
O ABANCA recebeu recentemente uma melhoria na sua notação financeira, neste caso, da DBRS. A agência de rating elevou a sua classificação para BBB (alta) e consolidou a posição do ABANCA como instituição de investimento em todas as agências que a classificam.