ABANCA ganha 429 milhões nos primeiros 9 meses do ano, com uma rentabilidade de 13%.
- O dinamismo do mercado da banca de retalho e o perfil financeiro sólido, foram os fatores determinantes para o desempenho nos primeiros nove meses do ano
- O banco conquistou mais de 96.000 novos clientes durante o ano em Portugal e em Espanha, tendo ganho quota de mercado.
- O forte controlo dos custos conduziu a uma melhoria de 18,5 pontos no rácio de eficiência.
- O rácio de capital total atingiu 17,3%, excedendo os requisitos regulamentares em mais de 1.500 milhões.
- A elevada qualidade dos ativos: morosidade de 2,3%, rácio Texas de 25,7% e cobertura dos ativos duvidosos de 75,3%.
- O banco lançou novas iniciativas ESG como parte do seu Plano de Banca Responsável e Sustentável 2021-2024
O ABANCA reforçou o seu posicionamento enquanto instituição de dimensão ibérica, com a captação de mais de 96.000 novos clientes em Portugal e Espanha, ganhando quota de mercado nos principais segmentos de negócio.
De destacar, neste desempenho comercial dinâmico, o peso crescente dos canais digitais, que representaram 47% dos novos clientes, e os elevados níveis de fidelização e satisfação dos clientes, que se exprimem através dos 67 pontos registados no índice de satisfação de clientes. Adicionalmente, destacou-se o desempenho em Portugal, onde o banco registou um aumento homólogo de 76% no número de clientes.
A compra do TARGOBANK, que desde outubro opera sob a marca TARGOBANK Grupo ABANCA, reforça a presença do banco no Mediterrâneo e na Andaluzia. Para além disso, irá contribuir igualmente para o reforço das linhas estratégicas da atividade de retalho, como o crédito e os seguros, para a criação de sinergias em atividades estratégicas, como os meios de pagamento, as atividades de ativos fora de balanço e a venda livre de seguros, e para o aumento da recorrência e da qualidade dos resultados.
O ABANCA mantêm-se assim uma das instituições mais sólidas do setor financeiro espanhol. O banco apresenta níveis de capitalização robustos (capital total de 17,3% e excesso de capital em relação aos requisitos de 1.528 milhões de EUR), uma qualidade de ativos máxima (rácio de NPL de 2,3% e rácio de ativos executados em relação ao balanço de 0,2%), níveis de cobertura elevados (cobertura de ativos duvidosos de 75,3% e rácio Texas de 25,7%) e uma posição de liquidez confortável (rácio LTD de retalho de 83,9% e ativos líquidos de 18 760 milhões de EUR).
Até à data, o banco efetuou quatro emissões este ano, que foram muito bem-recebidas pelo mercado. Com elas, o banco reforçou a sua solidez e cumpriu confortavelmente o requisito de MREL fixado para 2024, já em 2023 e antes do previsto.
No quadro do seu Plano de Ação como Banca Responsável e Sustentável 2021-2024, registou novos progressos em matéria ambiental, social e de governance. No último trimestre, implementou várias ações de combate às alterações climáticas, de regeneração ambiental e de inclusão financeira.
Solidez da atividade da banca de retalho
Nos primeiros nove meses do ano, o ABANCA concedeu mais de 7.000 milhões de euros de novos empréstimos às famílias e empresas. Estes dois segmentos, que representam respetivamente 40% e 42% do total, recebem mais de 8 em cada dez euros de crédito do banco. Em Espanha, os novos empréstimos foram 3,7% superiores aos de setembro de 2022, enquanto que em Portugal foram ainda mais elevados, com 17,5%.
Em ambos os países, o Banco está a ganhar quota de mercado nos principais segmentos de negócio. No crédito à habitação, o aumento de 12,6% nas formalizações, para 1.174,0 milhões de euros, o que se traduziu num crescimento da quota de mercado das novas operações de 93 p.b. em Espanha e de 97 p.b. em Portugal. Por sua vez, o crédito a empresas ascendeu a 5.102,6 milhões de euros, mais 6,1% o que se traduz num crescimento da quota de mercado das novas operações de 3 p.b. em Espanha e de 58 p.b. em Portugal.
Este aumento do crédito foi acompanhado por um crescimento de 9,3% nos recursos de clientes, que ultrapassaram os 66 687 milhões de euros, incluindo a parte correspondente ao TARGOBANK Grupo ABANCA. Já os depósitos a prazo e os produtos fora de balanço registaram um aumento de 4.736 milhões de euros este ano.
Os depósitos de clientes de retalho aumentaram 8,3%, com um elevado nível de granularidade. Estes valores traduziram-se em ganhos de quota de mercado de 18 p.b. em Espanha e de 10 p.b. em Portugal. No final de setembro, os depósitos de clientes de retalho ascendiam a 53.285 milhões de euros.
Este dinamismo da atividade também se verificou nas atividades de fora de balanço e de seguros. Neste âmbito, os fundos fora de balanço cresceram 13,7 % para 13.402 milhões de euros em relação a setembro de 2022. No que diz respeito ao serviço de gestão discricionária de carteiras do Banco, este gere um volume superior a 1.200 milhões de euros.
Por conseguinte, os prémios dos seguros gerais e dos seguros de vida cresceram 19,5% em relação ao ano anterior, atingindo 442,0 milhões de euros. Este crescimento foi homogéneo e superior a 10% nos principais ramos: 12% em Automóvel e Negócios, 11% em Vida Risco e 10% em Prestações Protegidas.
Rentabilidade Sustentável
O banco continua a reforçar a recorrência das suas receitas, com um novo crescimento da margem financeira e da contribuição da prestação de serviços.
A margem financeira aumentou em termos trimestrais e no terceiro trimestre deste ano registou um crescimento de 17,1%, alcançando os 335,4 milhões de euros. Quanto às receitas de prestação de serviços, cresceram 3,8% em termos homólogos para 70,4 milhões de euros no trimestre.
O aumento das receitas recorrentes foi acompanhado por um controlo eficaz das despesas operacionais, que cresceram abaixo do setor em Espanha. Consequentemente, o resultado operacional recorrente (receitas principais menos despesas operacionais) aumentou 2,7 vezes nos últimos doze meses e o rácio de eficiência melhorou 18,5 p.p. para 52,3% em comparação com setembro do ano passado.
O ABANCA enfrenta a incerteza da conjuntura a partir de uma posição de solidez do seu balanço, apresentando um rácio de NPL de 2,3% e um rácio de cobertura destes ativos de 75,3%. Ainda assim, o custo do risco manteve-se sob controlo em 0,24%. Perfil Financeiro Sólido.
O ABANCA é uma das melhores instituições do setor financeiro espanhol em termos de qualidade e cobertura de ativos, com um rácio Texas de 25,7%, 64,3% de cobertura de ativos executados e 75,3% de cobertura de crédito malparado. Com os saldos de cobrança duvidosa estabilizados, o rácio de NPL situou-se em 2,3%. As operações ICO (linha do Instituto de Crédito Oficial de Espanha), formalizadas num montante de 3.386 milhões de euros com o objetivo de apoiar o tecido económico, apresentam um rácio de NPL de 3,9%, bastante inferior à média do sistema.
Em termos de solvabilidade, o ABANCA apresenta um rácio de capital total de 17,3% e um excesso de 483 p.b. e 1.528 milhões de euros em relação aos requisitos (470 p.b. e 1.487 milhões de euros em relação aos requisitos CET1). O banco cumpre antecipadamente o requisito de MREL para 2024, com um excesso de 231 p.b. se for tida em conta a última emissão de dívida em outubro.
O ABANCA apresenta uma estrutura de financiamento que assenta principalmente nos depósitos de particulares, que representam 82% do total, sendo que o rácio entre os empréstimos e os depósitos de particulares (LTD) é de 83,9%. Em termos de liquidez, o ABANCA dispõe de 18.760 milhões de euros em ativos líquidos, o que equivale a quatro vezes os vencimentos previstos das suas emissões. Além disso, dispõe de uma capacidade de emissão de obrigações hipotecárias de 5.811 milhões de euros, o que eleva a sua posição total a 24.571 milhões de euros. Por consequência, o banco apresenta rácios de liquidez sólidos: 131% de financiamento estável líquido (NSFR) e 205% de cobertura de liquidez (LCR).
Banca responsável e sustentável
O ABANCA continua a implementar o seu Plano de Ação como Banca Responsável e Sustentável 2021-2024, contribuindo substancialmente para melhorar o ambiente em que opera.
Com o objetivo de contribuir para a luta contra as alterações climáticas, o banco lançou novos produtos sustentáveis, como um empréstimo para a compra de habitação eficiente e o empréstimo para a compra de automóveis ecológicos. Além disso, integrou a avaliação do risco climático e ambiental no processo de concessão de crédito, procurando ajudar na transição do tecido empresarial para práticas sustentáveis.
Complementarmente, foi definida uma política setorial em matéria de riscos climáticos e ambientais, ligada aos objetivos de descarbonização; adesão à Partnership for Carbon Accounting Financials (PCAF); participação no relatório sobre as alterações climáticas do Carbon Disclosure Project (CDP) e na 4ª Conferência sobre Finanças Sustentáveis.
No domínio da regeneração ambiental, foram realizadas novas ações ligadas aos programas de voluntariado "Trabalhar para melhorar o nosso património natural" e PLANCTON.
Por fim, no domínio social, o ABANCA continua a desenvolver novas atividades no âmbito do seu Plano de Inclusão Financeira para os idosos. Além disso, em colaboração com a Afundación, lançou um novo convite à apresentação de candidaturas para os programas de educação financeira para jovens "Segura-Mente", "La loca aventura del ahorro" e "Pon tu dinero a salvo".