ABANCA alcança lucros de 427 milhões de euros no semestre, com uma rentabilidade de 14,6%
-O crescimento eficiente do negócio e a boa gestão do balanço são os pilares de uma sólida rentabilidade recorrente. -O ABANCA eleva o seu volume de negócios para mais de 134.000 milhões de euros, com progressos em todas as geografias e áreas de negócio. -Forte crescimento comercial: mais de 76.000 novos clientes no semestre e mais de 9.000 milhões de euros em novo crédito concedido. -Indicadores robustos de qualidade do ativo, com redução da taxa de morosidade para 2,3% e rácio Texas de 21,6%. -Elevada solvência, com um rácio de capital CET1 de 13,2% e uma almofada de 1.962 milhões de euros face aos requisitos regulamentares. -O banco prossegue com o seu plano de desenvolvimento de um modelo de negócio sustentável.

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O banco elevou o seu volume de negócios para mais de 134.000 milhões de euros, ganhando quota de mercado em todos os territórios (18 p.b. em Espanha e 208 p.b. em Portugal) e reforçando o seu posicionamento como entidade de dimensão ibérica. Além disso, o ABANCA captou mais de 76.000 novos clientes nos primeiros seis meses do ano (mais 12% do que no mesmo período do ano anterior), dos quais mais de 70% são provenientes de zonas fora da região de origem do ABANCA.
A instituição destinou mais de 9.000 milhões de euros a novo financiamento para apoiar famílias e empresas. As novas formalizações de crédito a particulares cresceram 47% em termos homólogos, enquanto as dirigidas a empresas duplicaram. Desde o início do ano, o ABANCA apoiou mais de 8.500 particulares na compra da sua habitação e cerca de 15.000 PME e trabalhadores independentes no desenvolvimento das suas atividades empresariais.
A entidade mantém-se como um dos grupos bancários mais sólidos da Península Ibérica, facto particularmente relevante no atual contexto de incerteza geopolítica. O ABANCA posiciona-se entre os melhores do setor em termos de qualidade dos ativos (com um rácio de morosidade de 2,3%, cobertura de ativos duvidosos de 82,6% e rácio Texas de 21,6%), níveis robustos de capitalização (rácio CET1 de 13,2% e uma almofada de capital de 1.962 milhões de euros face aos requisitos), elevada liquidez (rácio LTD no retalho de 83,0% e 23.456 milhões de euros em ativos líquidos) e elevados níveis de rentabilidade (ROTE de 14,6%, significativamente acima do custo de capital).
A estes fatores internos do ABANCA junta-se a resiliência dos seus principais mercados perante a instabilidade geopolítica e uma reduzida exposição aos setores mais afetados por eventuais novas políticas aduaneiras dos Estados Unidos.
O ABANCA está a implementar com determinação a inteligência artificial (IA) nos seus processos, com o duplo objetivo de reforçar a satisfação do cliente e aumentar a capacidade operacional das suas equipas, num quadro de implementação coordenada que assegure a utilização correta e mitigue riscos. No setor financeiro, o ABANCA é uma das entidades com maior diversidade de casos de uso de IA já implementados.
Num esforço que tem vindo a ser reconhecido pelas principais agências de notação ESG, a entidade continua a desenvolver um vasto programa de ações direcionadas para a promoção da sustentabilidade.
Solidez na obtenção de resultados
No primeiro semestre do ano, o ABANCA voltou a demonstrar uma sólida capacidade de geração de resultados de elevada qualidade. Como reflexo da boa evolução do negócio, a margem financeira cresceu 4,5% e os rendimentos por prestação de serviços aumentaram 18,8%, o que levou a um crescimento de 6,9% da margem base, até aos 984,4 milhões de euros.
Os gastos de exploração, em termos comparáveis (ou seja, excluindo o efeito do EuroBic), cresceram abaixo da inflação, apesar da entidade manter o seu esforço de investimento em tecnologia: nos últimos dois anos foram alocados 165 milhões de euros ao reforço das infraestruturas e da segurança.
A combinação entre o crescimento das receitas recorrentes e o controlo dos gastos – também influenciados pela incorporação do EuroBic no perímetro de consolidação – permite situar o rácio de eficiência em 51,9%.
O ABANCA mantém uma política rigorosa de prudência na constituição de provisões, apesar dos seus sólidos níveis de cobertura. O custo do risco mantém-se controlado, num nível de 0,22%, com um rácio de morosidade de 2,3% e uma taxa de cobertura de 82,6%.
Crescimento em todos os negócios
No final da primeira metade do ano, o volume de negócios gerido pelo ABANCA situava-se acima dos 134.000 milhões de euros.
O volume de crédito à clientes em situação normal ascendeu a 51.917 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 16,0%, claramente focado no setor privado, com as empresas a representarem 45% do total e os particulares 39%, sendo estes os principais destinatários.
De forma semelhante, a captação de recursos de clientes totalizou 81.390 milhões de euros, um aumento de 16,1% face ao ano anterior. Destaca-se o crescimento homólogo dos saldos a prazo e dos produtos fora do balanço, no valor de 6.526 milhões de euros. Na estrutura de recursos de clientes do banco, 78% do total corresponde a saldos à ordem e a prazo, enquanto os 22% restantes dizem respeito a recursos fora do balanço.
Os depósitos no retalho continuaram a evoluir positivamente, com um crescimento de 15,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com 93% dos depósitos pertencentes a famílias e empresas e 70% com um saldo inferior a 100.000 euros, a carteira do ABANCA apresenta um perfil nitidamente retalhista.
Os recursos fora do balanço atingiram os 17.906 milhões de euros, o que representa um aumento homólogo de 18,3%. No negócio segurador, os prémios dos seguros gerais e de vida risco cresceram 15,1% face ao período homólogo, totalizando 612 milhões de euros. Por segmento, destacam-se os prémios dos seguros de vida em caso de falecimento, que aumentaram 47%, os de vida risco com 19%, os de habitação com 15% e os de saúde com 12%. Esta intensidade de crescimento nos recursos fora do balanço e nos seguros permite à entidade melhorar a qualidade das suas receitas.
Perfil financeiro sólido
O ABANCA continua a posicionar-se como uma das entidades mais sólidas do mercado ibérico, com rácios de capital CET1 de 13,2% e total de 17,6%. O banco gerou, nos últimos doze meses, mais 300 milhões de euros de almofada de capital, dispondo atualmente de 1.962 milhões de euros acima dos requisitos regulamentares. Este valor equivale a 508 p.b. (mais 19 p.b. do que há um ano). Além disso, com um rácio de 22,8%, o banco supera o requisito MREL em 117 p.b.
A entidade continua a reduzir o seu rácio de morosidade, mantendo ao mesmo tempo níveis elevados de cobertura. Os ativos em incumprimento diminuíram 1,4% em termos homólogos, excluindo o efeito da incorporação do EuroBic, o que coloca a morosidade em 2,3%. A taxa de cobertura destes ativos aumentou significativamente, atingindo os 82,6%, quase 12 p.p. acima da média do sistema (último dado disponível).
Em termos de liquidez, o ABANCA dispõe de 23.456 milhões de euros em ativos líquidos, valor equivalente a 5,2 vezes os seus vencimentos previstos de emissões. Adicionalmente, conta com uma capacidade de emissão de obrigações hipotecárias de 7.165 milhões de euros, o que eleva a sua posição total para 30.621 milhões de euros.
A estrutura de financiamento é nitidamente retalhista: 87% dos depósitos são de clientes de retalho e o rácio LTD retalhista situa-se em 83,0%. No que respeita à liquidez, o banco apresenta rácios de 142% em financiamento líquido estável (NSFR) e de 207% em cobertura de liquidez (LCR).
Banca responsável e sustentável
Em matéria de ESG, o ABANCA é avaliado pelas agências mais relevantes do mercado, que o colocam na melhor categoria possível, reforçando o seu modelo de sustentabilidade e o contributo para o desenvolvimento social do seu ecossistema.
A MSCI atribui ao ABANCA uma notação ESG de nível AA, inserida na categoria de classificação “Leader”. Por sua vez, a Morningstar Sustainalytics atribui à entidade uma pontuação de 7,3, correspondente ao nível de “Risco negligenciável”.
O banco mantém um forte compromisso com a sustentabilidade, o qual se reflete, a nível organizacional e das equipas, em ações como a formação em ESG de 82% dos gestores de empresas ou as 17.500 horas dedicadas ao desenvolvimento tecnológico em matéria ESG.
A entidade continua a avançar na integração dos critérios ESG na sua gestão. Nos primeiros seis meses do ano, o banco formalizou operações de financiamento e investimento no valor de mais de 3.700 milhões de euros para apoiar a transição para a sustentabilidade. Mais de 50% do crédito concedido pelo ABANCA é destinado a setores menos sensíveis à transição. Em matéria de emissões, através do financiamento de projetos de energias renováveis foi possível evitar um total de 225.509 toneladas de CO₂eq/ano, a que se somam outras 2.333,95 toneladas de CO₂eq/ano resultantes do financiamento de habitação verde.
No domínio da descarbonização da economia, foram identificados oito setores que representam mais de 85% do total e que já se encontram abaixo dos cenários de emissões líquidas nulas (Net Zero Emissions) para 2030.
Outras iniciativas em destaque no semestre incluem o lançamento do Plano de Mobilidade, que contempla realidades tanto urbanas como rurais, a exposição didática “Ítaca”, a participação do ABANCA na Global Money Week, o programa de promoção do empreendedorismo Young Business Talents, o programa educativo Segura-Mente e os Prémios EDUCA ABANCA. No âmbito do voluntariado, as ações realizadas — que chegaram a novos territórios — totalizaram 4.972 horas.