ABANCA lucra 210 milhões no terceiro trimestre, mais 46% do que no período homólogo
- As receitas recorrentes por produtos e prestação de serviços bancários aumentaram 8,2%.
- A margem recorrente melhorou 56,2% e alcançou os 190 milhões de euros, graças à força do negócio e melhoria da eficiência.
- O rácio de capital total situou-se nos 17,3%, um excesso de 1.571 milhões face aos requisitos regulatórios.
- Desde o início do ano, as quatro agências de “rating” melhoraram a notação do ABANCA, que alcança o nível de “investment grade”.
- O ABANCA é líder na qualidade dos ativos, com o menor rácio de morosidade (1,9%) e a maior cobertura de ativos duvidosos (85,4%) do sistema financeiro espanhol.
- A primeira emissão de obrigações verdes lançada pelo ABANCA teve uma boa recetividade por parte dos investidores, com uma procura que triplicou a oferta.
O ABANCA continua a desenvolver a sua estratégia rumo à transição para uma economia mais sustentável e, neste terceiro trimestre, conseguiu marcos muito relevantes como a primeira “emissão verde”, que contou com uma procura de 2,6 vezes a oferta, a assinatura de um acordo para o fornecimento de energia renovável e a obtenção do prémio de educação financeira “Finanças para todos” do Banco de Espanha e CNMV Espanhola.
Crescimento sólido das receitas recorrentes
As receitas recorrentes continuam a ganhar peso, trimestre após trimestre, nos resultados do ABANCA. Graças à boa evolução da margem financeira (que cresceu 7,6%) e das receitas por prestação de serviços bancários (que aumentaram 9,8%), a margem base subiu 8,2%. Graças à realização de projetos de racionalização e à obtenção de valor nas integrações, os custos ordinários desceram 6,8%. Com isso, a margem recorrente (margem base menos gastos de exploração) alcançou os 190 milhões, o que representa um crescimento de 56,2% face ao mesmo período do ano passado. O custo do risco (0,34%) continua contido, apesar de manter a prudência quanto a coberturas do crédito. O ABANCA mantém as coberturas de crédito duvidoso mais elevadas do sistema financeiro espanhol (85,4%), destacando-se a prudência no segmento de PME e grandes empresas, onde se alcança 105,2% de cobertura.
Força do negócio
O volume de negócio aumentou 15,8% para os 103.697 milhões de euros. Contabilizando o negócio da rede espanhola do Novo Banco, este valor superou os 107.000 milhões de euros (um crescimento homólogo de 20,1%). A carteira de crédito a clientes em situação normal aumentou 15,4%, em termos homólogos, (10,9% excluindo o Bankoa, integrado no início de 2021) para os 44.429 milhões de euros. O financiamento a empresas e famílias, que somam el 77% do total, é a componente maioritária. No que toca aos recursos de clientes, o banco gere um total de 58.830 milhões de euros. Este valor representa um crescimento total de 17,0% (11,5% sem contabilizar o Bankoa). Os depósitos de clientes cresceram 14,8% (11,0% sem incluir o Bankoa), para os 46.861 milhões de euros. Desde o início do ano, o banco incorporou mais de 128.000 novos clientes valor, aumentou em 11,8% o total de cartões de crédito e débito e elevou em 14,6% o total de TPA´s. Os recursos fora de balanço registaram um crescimento de 26,6% (13,7% sem incluir o efeito do Bankoa). O serviço de Gestão Discricionária de Carteiras merece menção especial, pois já supera os 1.100 milhões de euros de volume e já foi contratado por mais de 8.000 clientes. Este produto mantém-se entre os melhores do mercado espanhol em termos de rentabilidade. Os prémios de seguros gerais e vida-risco cresceram 11,8%, com um comportamento muito homogéneo nos diferentes segmentos: proteção de pagamentos cresceu 16%, seguro automóvel e empresas 13% e vida-risco 12%.
Qualidade da carteira: na liderança do setor
O ABANCA continua posicionado como melhor entidade do setor financeiro espanhol quanto à qualidade da carteira e cobertura. Face a setembro do ano passado, o banco reduziu os seus ativos duvidosos em 17,1% (-21,1% excluindo o Bankoa). O ABANCA apresenta uma taxa de morosidade de 1,9%, a percentagem mais baixa do setor financeiro espanhol e praticamente metade da média. O banco apresenta também um dos melhores níveis de cobertura: 85,4% para morosidade e 75,5% para ativos não produtivos. Dessa forma, o rácio Texas situou-se nos 26,9%, igualmente na liderança do setor. Esta qualidade de crédito é visível no conjunto da carteira, incluindo os clientes que receberam apoio financeiro para enfrentar as consequências da crise da COVID-19. Para um total de 3.403 milhões de euros em operações de financiamento com aval do estado, apenas 0,9% está em situação de cobrança duvidosa. De forma similar, uma vez vencidas cerca de 75% das operações de flexibilização financeira (moratórias) aplicadas a famílias (1.235 milhões), os níveis de morosidade deste grupo mantiveram-se em mínimos.
Solvência e liquidez: folga face aos requisitos
No que toca à solvência, o rácio de capital do ABANCA situou-se nos 17,3% (13,2% capital máximo qualidade CET1). Graças à diversificação da sua estrutura de capital, o banco dispõe de amplos colchões sobre os requisitos estabelecidos: 500 pontos base (1.571 milhões de euros) em capital total e 521 pontos base (1.635 milhões) em CET1. Depois da recente emissão de dívida Senior Preferred levada a cabo, o banco cumpre de forma folgada (com um rácio de 18,8%) o requisito MREL fixado para 2022. O ABANCA conta com uma estrutura de financiamento baseada principalmente em depósitos a retalho, que constituem 71% da sua base de financiamento. O banco apresenta um rácio de créditos sobre depósitos a retalho (LTD a retalho) de 95,7% e dispõe de 20.601 milhões de euros entre ativos líquidos (15.107 milhões) e capacidade de emissão de dívida (5.494 milhões). Com isso, cobre quatro vezes o total dos seus vencimentos previstos de emissões. Os rácios de financiamento líquido estável NSFR e de cobertura de liquidez LCR estão situados, respetivamente, nos 132% e 259%, níveis que cumprem amplamente com os requisitos regulatórios de Basileia III.
Melhorias nas notações das agências de “rating”
A boa evolução do banco em todos os âmbitos da sua atividade tem reflexo nas notações recebidas por parte das agências de “rating”. Desde o início do ano, as quatro agências que classificam o ABANCA melhoraram as suas notações (a última, Fitch, melhorou a perspetiva, situando-a em “estável”). Três das quatro agências situam o ABANCA em “investment grade”.
Impulso à sustentabilidade
A sustentabilidade é uma das prioridades da atividade do ABANCA para os próximos anos, segundo o estabelecido no seu Plano de Ação de Banca Responsável e Sustentável 2021-2024. No último trimestre, o banco aprofundou o seu modelo de negócio socialmente responsável com diferentes ações no âmbito da atividade financeira. Assim, realizou a sua primeira emissão de “obrigações verdes” Senior Preferred no valor de 500 milhões de euros, que obteve uma boa recetividade por parte do mercado (tal como demonstra a procura de 2,6 vezes a oferta) e serve para cumprir antecipadamente os requisitos MREL fixados para 2022. Além disso, lançou um terceiro fundo de investimento sustentável, denominado “ABANCA Renta Fija Transición Climática 360, FI”, e incorporou ao serviço GDC Alpha Responsable o seguro de vida poupança “ABANCA Unit Linked Alpha GDC”. No campo da educação financeira, o ABANCA e a Afundación receberam o prémio “Finanças para todos” do Banco de Espanha e da CNMV pelo seu programa Segura-Mente ABANCA. Em 2020-2021, as atividades de Educação Financeira do ABANCA e Afundación foram desenvolvidas nos seus diferentes formatos (oficinas de cultura, alfabetização e saúde financeira, finanças pessoais, formações setoriais, cursos, jogos interativos, teatro, conferências, etc.) para um total de 123.170 pessoas em Espanha. Como parte das suas políticas de gestão de recursos, o banco estabeleceu um acordo de colaboração com a Endesa para cobrir com energia renovável de origem galega a maior parte da sua procura de eletricidade dos próximos dez anos.