ABANCA alcança lucros de 670 milhões de euros, com uma rentabilidade de 15,1%
- Rentabilidade recorrente sustentada pelo crescimento eficiente do negócio e na boa gestão do balanço
- Intenso crescimento comercial: captação de mais de 118.000 novos clientes no mercado ibérico no ano e um volume de negócios de quase 135.000 milhões de euros
- Mais de 13.500 milhões de euros em novos créditos concedidos a famílias e empresas
- As sinergias pós-fusão e a implementação de medidas de eficiência permitiram conter custos
- Rácio de capital CET1 situa-se em 13,3%, com mais de 2.000 milhões de euros acima dos requisitos regulamentares
- Mantém-se a elevada qualidade do ativo, reduzindo a taxa de morosidade para 2,2% com uma cobertura de ativos duvidosos de 81,8%
- O ABANCA continua a desenvolver ações no âmbito do seu modelo de negócio sustentável e de apoio ao seu ecossistema
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As novas formalizações de crédito a particulares cresceram 52,6% em termos homólogos e quase duplicaram no segmento empresarial, permitindo que a quota de mercado em novas formalizações aumentasse 30 p.b. em Espanha e 114 p.b. em Portugal. Por sua vez, a captação de recursos de clientes cresceu 5,2% em termos homólogos (368 milhões de euros apenas no terceiro trimestre) e a quota de mercado em subscrições de fundos de investimento atinge 7% no acumulado do ano.
Reforçando o seu posicionamento como entidade de dimensão ibérica, o ABANCA mantém um forte ritmo de captação de novos clientes em toda a Península Ibérica. Portugal representa 16% do volume de negócios total.
No acumulado do ano foram registados mais de 118.000 novos clientes, mais 17% do que no mesmo período do ano passado, dos quais 70% provêm de zonas distintas da região de origem do ABANCA. Este crescimento foi acompanhado por elevados níveis de qualidade de serviço: 64% dos novos clientes atribuem uma nota igual ou superior a 9 (em 10) à sua relação com o ABANCA, e o índice de recomendação (NPS) cresce 4 pontos.
O ABANCA mantém-se entre os grupos bancários mais sólidos do mercado ibérico. A elevada qualidade do ativo, níveis de capitalização sólidos, liquidez confortável e níveis elevados de rentabilidade, num contexto macroeconómico positivo, refletem-se nas avaliações das agências de rating. A mais recente, da Moody’s, ascendeu dois níveis, alcançando a categoria A.
Os mercados também têm demonstrado confiança na evolução do ABANCA, com a excelente receção da recente emissão realizada em setembro no valor de 500 milhões de euros. A operação atraiu mais de 290 ordens de investimento provenientes de mais de 25 países, com uma procura mais de oito vezes superior ao montante emitido, demonstrando o forte interesse que o nome ABANCA suscita entre investidores globais.
Em termos de solvência, a combinação da sólida capacidade de geração de resultados com uma gestão prudente de dividendos levou à subida do rácio CET1 em mais de 50 p.b. no último ano.
No domínio da sustentabilidade, a estratégia do ABANCA continua a ser reconhecida pelas agências especializadas. No trimestre, o ABANCA colocou em marcha diferentes ações para apoiar os coletivos afetados pelos incêndios do último verão e lançou uma nova edição do seu Programa de Educação Financeira, reafirmando o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e social do seu ecossistema.
Solidez na geração de resultados
O resultado obtido entre janeiro e setembro reflete, uma vez mais, a capacidade do ABANCA para gerar resultados recorrentes de elevada qualidade. A boa evolução do negócio com clientes permitiu um aumento de 1,5% da margem base.
A obtenção de sinergias e as medidas de eficiência implementadas permitem conter os gastos de exploração, que têm vindo a diminuir trimestre após trimestre. O controlo dos gastos, aliado à solidez das receitas recorrentes, permitiu situar o rácio de eficiência em 51,4%, melhorando 54 p.b. no trimestre.
O ABANCA mantém uma política rigorosa e prudente na constituição de provisões, apesar dos sólidos níveis de cobertura. O custo do risco mantém-se controlado, em 0,20%, com um rácio de morosidade de 2,2% e uma taxa de cobertura de 81,8%.
Crescimento em todos os negócios
O volume de negócios gerido pelo ABANCA situou-se, no final do terceiro trimestre, acima dos 134.000 milhões de euros, após um crescimento homólogo de 5,6%.
O volume de crédito a clientes em situação normal situou-se em 52.152 milhões de euros, com um aumento de 6,3% em termos homólogos. O crédito a clientes está claramente centrado no setor privado, tendo as empresas, com 45% do total, e os particulares, com 39%, como os seus destinatários principais.
A captação de recursos de clientes demonstrou um comportamento semelhante: alcançando um total de 81.758 milhões de euros, +5,2% face a setembro de 2024. Na estrutura de recursos de clientes do banco, 77% correspondem a saldos à ordem e a prazo, enquanto 23% a recursos fora de balanço.
A entrada de novos clientes (mais de 88.000 em Espanha e mais de 30.000 em Portugal) traduziu-se num aumento de 1,5% nos depósitos de retalho. A carteira do ABANCA apresenta um perfil nitidamente retalhista: 94% dos depósitos pertencem a famílias e empresas e 70% têm saldo inferior a 100.000 euros.
O forte dinamismo dos recursos fora de balanço e dos seguros permite ao ABANCA melhorar a qualidade das suas receitas. Após um crescimento homólogo de 20,1%, os recursos fora do balanço alcançaram 18.945 milhões de euros. Por seu lado, os prémios dos seguros gerais e de vida risco cresceram 14,6% no mesmo período, totalizando 634 milhões de euros, destacando-se decessos (+44%), vida risco (+20%), habitação (+13%) e empresas (+12%) a mostrarem as evoluções mais destacadas.
Perfil financeiro sólido
O ABANCA continua a posicionar-se como uma das entidades mais sólidas do mercado ibérico, graças a rácios de capital CET1 de 13,3% e total de 17,8%. Gerou, no último ano, 500 milhões de euros de almofada de capital, dispondo de 2.079 milhões de euros (532 p.b.) acima dos requisitos regulamentares, mais 33,7% (120 p.b.) do que em setembro de 2024. Com um rácio de 23,0%, supera com ampla margem (133 p.b.) o requisito MREL.
À semelhança dos trimestres anteriores, o ABANCA continua a reduzir a morosidade e a manter elevados níveis de cobertura. Os ativos duvidosos diminuíram 11,1% em termos homólogos, colocando a morosidade em 2,2% (2,2% em Espanha e 2,4% em Portugal). A taxa de cobertura destes ativos subiu para 81,8%, 8 p.p. acima da média do sistema.
Em termos de liquidez, o ABANCA dispõe de 23.016 milhões de euros em ativos líquidos, equivalentes a 4,8 vezes os seus vencimentos previstos de emissões. Dispõe ainda de uma capacidade de emissão de obrigações hipotecárias de 7.369 milhões de euros, elevando a sua posição total para 30.385 milhões de euros. A estrutura de financiamento mantém-se nitidamente retalhista: 86% dos depósitos são de retalho e o rácio LTD retalhista é de 83,6%. Em liquidez, o ABANCA apresenta rácios de 142% em financiamento líquido estável (NSFR) e 201% em cobertura de liquidez (LCR).
Banca responsável e sustentável
As principais agências de rating ESG colocam o ABANCA na melhor categoria possível, reconhecendo o seu modelo de sustentabilidade e o contributo para o desenvolvimento social do seu ecossistema.
As duas principais iniciativas do trimestre nesta área são o Plano de Ação de apoio às populações afetadas pelos incêndios do verão, bem como o lançamento de uma nova edição do seu Programa de Educação Financeira, ambos em colaboração com a Afundación, a obra social do ABANCA.
O plano contra os incêndios inclui uma linha de financiamento de 150 milhões de euros para empresas e famílias, bem como uma doação adicional de 1 milhão de euros destinada a materiais e recursos para vigilância anti-incêndios, resposta rápida face a situações semelhante, formação de profissionais, apoio ao tecido associativo, investigação sobre incêndios e desenvolvimento de ações de voluntariado já em curso.
A nova edição do Programa de Educação Financeira do ABANCA e da Afundación, que se estima atingir aproximadamente 220.000 pessoas, iniciou-se com a apresentação da exposição interativa “Ítaca. Uma viagem pela educação financeira”, que estará aberta ao público em diversas cidades espanholas em 2026.
Por sua vez, as novas edições dos programas digitais Segura-Mente, “A louca aventura da poupança” e “Põe o teu dinheiro a salvo” levam a educação financeira a estudantes de todas as idades e de qualquer escola em Espanha, abordando temas como poupança, planeamento, cibersegurança e finanças digitais, entre outros. Outra iniciativa de destaque nessa área é o programa Young Business Talents, um jogo de simulação empresarial em que participam milhares de jovens de toda a Espanha todos os anos.