Lucros do ABANCA sobem 8,2% para 137 milhões de euros no primeiro trimestre
- O ABANCA é líder na qualidade dos ativos, com o menor rácio de morosidade (2,0%) e a maior cobertura de ativos duvidosos (83,4%) do sistema bancário espanhol.
- A melhoria da eficiência e o controlo do custo do crédito contribuem para o aumento de 8,2% dos lucros.
- A margem financeira e as receitas por prestação de serviços bancários aumentaram 10,7%.
- O crédito a clientes cresceu 13,2% e os recursos a clientes aumentaram 17,1%, destacando-se o aumento das subscrições nos fundos de investimento.
- No que toca ao capital total, foi atingido um rácio de 17,4%, superando amplamente os requisitos regulatórios e representando 1.614 milhões de euros de excesso sobre o nível exigido.
Depois da integração do Bankoa e da aquisição da operação espanhola do Novo Banco, o ABANCA supera já os 100.000 milhões de euros de volume de negócio. A operação de compra do Novo Banco, a sexta do ABANCA desde 2014, fortalece a sua posição na banca pessoal e fora da Galiza. Desde o início da pandemia, o ABANCA formalizou mais de 3.200 milhões de euros em créditos ICO (linha de crédito do Instituto de Crédito Oficial de Espanha) e aplicou medidas de flexibilização financeira para famílias no valor de 1.200 milhões de euros. No campo da sustentabilidade, o banco continuou a dar passos na construção do seu modelo de banca responsável e sustentável, bem como com o seu contributo para o desenvolvimento social e proteção do meio-ambiente.
Qualidade da carteira
O ABANCA continua a ser a melhor entidade do sistema financeiro espanhol no que toca à qualidade dos ativos. Os ativos duvidosos foram reduzidos em 19,5% (24,1% sem o Bankoa), sendo que a taxa de morosidade se situou nos 2,0%, estando assim na liderança do setor e representando praticamente metade da média espanhola (3,9%) e abaixo da média europeia. Esta elevada qualidade de crédito tem uma das suas bases na diversificação setorial, algo especialmente relevante no atual contexto económico. Além disso, o principal mercado do banco, a comunidade da Galiza, continua a demonstrar um melhor desempenho do que o conjunto de Espanha, tanto em termos de indicadores macroeconómicos como de evolução da pandemia. A taxa de cobertura de ativos duvidosos é de 83,4% (destacando-se especialmente a taxa de cobertura de 107,0% nas PMEs e grandes empresas). Combinando provisões e solvência, o ABANCA apresenta um rácio Texas de 27,2%, claramente abaixo do limiar de 30%, o que consolida a sua posição como a primeira entidade financeira espanhola na qualidade de crédito.
Crescimento de receitas recorrentes
A margem cresceu 10,7% fase ao período homólogo, como resultado do bom desempenho da margem de juros e receitas por prestação de serviços bancários. A margem financeira melhorou 9,5%, enquanto as receitas por prestação de serviços aumentaram 13,7%. Este bom desempenho foi complementado pela melhoria da eficiência, que possibilitou duplicar a margem de exploração recorrente face ao mesmo período do ano anterior. Isolando o efeito das integrações (Bankoa), os custos ordinários desceram 7,9% graças aos projetos de racionalização e às sinergias provenientes das integrações de negócios realizadas, que se situaram acima dos objetivos fixados. O custo do risco, situado nos 0,26%, mantém-se contido graças ao esforço realizado durante o ano de 2020 na antecipação de provisões e a boa qualidade de crédito da carteira.
Volume de negócio supera os 100.000 milhões
O ABANCA aumentou o seu volume de negócio em 20,2% e superou os 100.000 milhões de euros, tendo em conta a recente aquisição do Novo Banco Espanha. Sem ter em conta esta última aquisição, cuja integração contabilística deverá ocorrer nos próximos trimestres, o banco alcançou os 98.487 milhões de euros, mais 15,1% do que no mesmo período do ano passado, graças ao crescimento equilibrado do crédito e dos recursos de clientes. A carteira de crédito a clientes, onde se destaca o peso do financiamento a famílias e empresas, situou-se nos 42.068 milhões de euros depois de um crescimento homólogo de 13,2% (8,5% sem o Bankoa). Os recursos de clientes alcançaram os 55.783 milhões de euros depois de crescerem 17,1% (11,4% sem o Bankoa). Os depósitos de clientes, principal componente da estrutura de financiamento do banco, cresceram 15,2% (10,9% sem o Bankoa) e alcançaram os 44.551 milhões de euros. Os seguros e a captação de recursos fora do balanço mostram um comportamento igualmente dinâmico. Os recursos fora de balanço cresceram 25,7% (13,2% sem contar o Bankoa), com um aumento da quota de mercado de 16 pontos-base em fundos de investimento, de 11 pontos-base em planos de pensões e de 4 pontos-base em seguros vida. Os prémios de seguros gerais e de vida cresceram 13,4%, com um comportamento muito homogéneo nos diferentes segmentos. O segmento vida risco cresceu 14%, o de saúde 12%, o de empresas 9% e o de proteção de pagamentos 13%
Solvência e liquidez
No que toca à solvência, o rácio de capital do ABANCA situou-se nos 17,4% (acima da referência de 13,3% de capital de máxima qualidade CET1). Graças a uma estrutura de capital diversificada, o banco dispõe de amplas margens face aos requisitos estabelecidos: 510 pontos-base (1.614 milhões de euros) no capital total e 534 pontos-base (1.688 milhões de euros) no CET1. O banco dispõe, assim, de uma situação de liquidez confortável baseada em depósitos de retalho, a principal componente da sua estrutura de financiamento, que representam 72% do total. O banco apresenta um rácio de créditos sobre depósitos de retalho (LTD a retalho) de 95,9% e dispõe de 17.511 milhões de euros entre ativos líquidos (12.041 milhões de euros) e capacidade de emissão de dívida de (5.470 milhões de euros). Com isso, cobre em quatro vezes os vencimentos previstos de emissões de divida. Os rácios de financiamento líquido estável (NSFR) e de cobertura de liquidez (LCR) situam-se, respetivamente, nos 129% e 259%, níveis que cumprem amplamente os requisitos regulatórios de Basileia III.
Apoio financeiro a empresas e famílias
A estratégia de apoio integral do ABANCA à sociedade para enfrentar as consequências económicas da COVID-19 traduziu-se na formalização de operações de financiamento ICO (linha de crédito do Instituto de Crédito Oficial de Espanha) no valor de 3.234 milhões de euros (1.821 milhões para PME e empresários em nome individual e 1.413 milhões para empresas) durante a pandemia. Além disso, o ABANCA aplicou às famílias e empresas medidas de flexibilização de pagamentos no valor de 1.268 milhões de euros, dos quais 855 milhões correspondem a hipotecas e 414 milhões a outras operações de financiamento. Deste modo, o apoio do banco representou 5,7% da carteira de hipotecas e 5,9% da carteira de créditos ao consumo. No fecho de março, os saldos vivos de moratórias concedidas a clientes ascenderam a 4,6% da carteira de hipotecas e 1,8% da carteira de créditos ao consumo. Destacou-se a evolução positiva do crédito por parte dos clientes cujas moratórias já expiraram. Menos de 2% entraram em incumprimento, o que demonstra a importância destes mecanismos para ajudar famílias e empresas.
A sustentabilidade no centro da estratégia
Nos últimos anos, o ABANCA tem vindo a desenvolver diversas iniciativas para fomentar a criação de um modelo económico mais sustentável e exercer um papel ativo na transformação da sociedade. O ABANCA é um dos signatários fundadores dos Princípios de Banca Responsável das Nações Unidas e aderiu tanto ao Compromisso Coletivo para a Ação Climática promovido pela UNEP FI, como ao Acordo pelo Clima alcançado pelas principais entidades financeiras espanholas na COP25 de Madrid. O banco foi a primeira entidade financeira espanhola a assinar os Princípios de Investimento Responsável e os Princípios para um Oceano Sustentável, duas iniciativas de âmbito internacional promovidas pelas Nações Unidas. Durante o primeiro trimestre de 2021, o ABANCA conseguiu o certificado da AENOR de “Residuo Cero” para as suas sedes e tornou-se a primeira entidade financeira a colaborar com o projeto Datadis para integrar e otimizar o consumo de energia. Além disso, fortaleceu a sua oferta de atividades de educação financeira através das quais anualmente chega a cerca de 100.000 pessoas de todas as idades. Por outro lado, através da Afundación, a Obra Social do ABANCA, foi lançado o programa Plancton para fomentar a conservação e sustentabilidade das atividades socioeconómicas desenvolvidas em quatro das Zonas de Proteção Especial para as aves existentes na Galiza dentro da Rede Natura 2000.