O ABANCA ganha 401,9 milhões no 3º trimestre, com uma rentabilidade de 11,5%
- Mantém uma sólida posição de liquidez, com um rácio de capital de 16,0%, e 1.326M€ de superavit sobre os requisitos regulatórios de CET1
- A entidade atinge os 85.000 milhões de euros de volume de negócio, com a consolidação do Banco Caixa Geral
- As receitas recorrentes crescem 6,9%, fruto da evolução positiva do negócio com clientes. O ABANCA continua a ser uma das entidades mais rentáveis do sistema financeiro espanhol
- O ABANCA reduz a taxa de morosidade para 3%, e regista a taxa de cobertura de ativos improdutivos mais elevada do setor (59,7%)
- Cresce em 7,4% a nova produção de seguros, devido ao impulso gerado pela inovação e capacidades tecnológicas
- Aumenta a base de clientes para 2,3 milhões, como resultado do foco na melhoria da experiência do cliente

O ABANCA obteve nos primeiros nove meses de 2019 um resultado liquido de 401,9 milhões de euros. Este resultado, traduz-se num ROE de 11,5%, valor que continua a situar o ABANCA entre as entidades mais rentáveis do setor financeiro espanhol.
As receitas recorrentes crescem 6,9%, devido à boa evolução do negócio com clientes, destacando-se o dinamismo comercial demonstrado nas novas formalizações com PME´s, que crescem 6,8% quando comparado com o ano anterior, e a nova produção de seguros, que cresce 7,4% também em comparação com 2018.
O ABANCA conseguiu captar mais de 80.000 novos clientes em 2019, através do foco na melhoria da experiência do cliente, reforçando a escuta e a medição dos momentos chave de uma venda a um cliente. Como resultado, o ABANCA melhorou, e está hoje entre os melhores bancos espanhóis na atenção comercial.
O balanço da entidade inclui pela primeira vez a integração do Banco Caixa Geral, que contribui para situar o volume de negócios do ABANCA em 84.751 milhões de euros, e a sua base de clientes nos 2.3 milhões.
A taxa de morosidade continua a ser uma das melhores do sistema financeiro Espanhol, situando-se nos 3,1%, através de uma recuperação constante de ativos duvidosos.
A trajetória sólida do ABANCA, é avaliada tanto pelas melhorias continuas de rating concedidas pelas agências, como pela grande procura que têm as suas emissões de dívida no mercado. Em outubro, o ABANCA lançou a sua segunda emissão Tier2, que conseguiu colocar em menos de duas horas, com uma procura que superou em 3x a oferta.
Rentabilidade
A margem de juros superou os 424,1 milhões nos primeiros nove meses do ano, o que significa um crescimento de 5,1% em comparação com o ano anterior, explicado principalmente pela boa evolução do negócio com clientes.
Dentro desta boa evolução, destacamos o crescimento do negócio com PME´s (+6,8%), um dos eixos prioritários da estratégia do banco. Outros segmentos especializados, como os seguros e o crédito ao consumo também registaram importantes crescimentos dos ritmos de produção (+7,4 e +21,8%, respetivamente).
As receitas por prestação e serviços, registaram um crescimento de 12,6%, com especial contribuição das linhas de maior valor para o cliente, como são os produtos de investimento fora do balanço, que crescem 18,0%. As receitas de comissões e pagamentos aumentam 11,0%, e as receitas de serviços bancários 8,7%.
O banco mantém um elevado ritmo de investimento em tecnologia, de forma a desenvolver as suas capacidades tecnológicas e de negócio, impulsionando também a eficiência através do incremento das receitas recorrentes, em paralelo com a contenção dos custos de exploração.
O custo de risco (CoR), mantém-se entre os melhores do sistema (0,20% vs 0,31% do sistema), sendo um reflexo da prudência aplicada nas politicas de concessão de risco.
Negócio
Após a consolidação do Banco Caixa Geral, o volume de negócios do ABANCA situa-se nos 85.000 milhões de euros, com um crescimento anual de 22,6%. Esta operação, (à qual se une a integração do Deutsche Bank realizada no 2º trimestre), faz com que o ABANCA seja o sétimo banco espanhol por recursos próprios.
A aquisição do Banco Caixa Geral, tal como a do Deutsche Bank PCB Portugal, é um exemplo claro de negócios de valor complementar à estratégia do ABANCA, uma vez que impulsiona o potencial de geração de receitas no negócio com empresas, nas operações cross border, e em regiões em que o banco tinha uma presença mais reduzida, como a Extremadura, reforçando assim o perfil ibérico do ABANCA.
O crescimento é equilibrado tanto em crédito, que aumenta 23,5%, atingindo os 35.784 milhões de euros, como em captação de recursos, em 22,3%, atingindo os 47.939 milhões de euros. Descontando o negócio do ABANCA em Portugal, e o crescimento que aporta o Banco Caixa Geral, o crédito cresce 4.5%, enquanto que os recursos crescem 4,3%.
Dentro da carteira de crédito, ganha particular destaque o crescimento do crédito a empresas, o que juntamente com os clientes particulares, forma parte do core do negócio do banco.
Captação de recursos
No que respeita aos recursos de clientes, os depósitos aumentam 16,5% (4,3% sem contar com o negócio de Portugal, e com o crescimento devido à consolidação do Banco Caixa Geral), principalmente devido ao crescimento pela captação de novos clientes. A entidade conseguiu captar 80.000 novos clientes no ano, valor ao qual há que somar outros 200.000 devido às integrações realizadas este ano. Neste momento, o ABANCA tem 2,3 milhões de clientes.
Uma menção especial merece o crescimento de recursos fora do balanço: 51,1% nos últimos doze meses, devido ao bom desempenho dos produtos e das aquisições que levadas a cabo.
Os fundos de investimento também merecem destaque, com subscrições de 167 milhões de euros, que compara com uma tendência de decréscimo verificada pelo sistema. Oito em cada dez fundos comercializados pelo ABANCA geram uma rentabilidade superior à média dos seus concorrentes.
A atividade seguradora, por seu lado, reforçou a sua capacidade de inovação, e a nova produção de seguros cresceu 18,8%, enquanto que os prémios de seguros cresceram 5,9% quando comparados com igual período de 2018.
Qualidade de risco
O ABANCA continua a melhorar a qualidade da sua carteira de crédito, e situa a sua taxa de morosidade em 3,1%, tendo em conta as recuperações orgânicas levadas a cabo durante o trimestre e a venda da carteira de ativos duvidosos formalizada em outubro.
Os saldos duvidosos reduziram 7,3% em termos anuais, (23,6% excluindo os movimentos do negócio em Portugal e a integração do Banco Caixa Geral), ao mesmo tempo, a taxa de cobertura mantém-se em níveis muito robustos, atingindo os 57,8%.
Liquidez e Solvência
O ABANCA dispõem de uma posição de liquidez de 13.969 milhões de euros entre ativos líquidos e capacidade de emissão de dívida. Este valor cobre mais do dobro do vencimento total de emissões. Os rácios de financiamento NSFR e de cobertura de liquidez LCR situam-se nos 125% e em 189% respetivamente, cumprindo assim os requisitos regulatórios fixados por Basileia III.
Os depósitos de retalho, que representam 78% do total da estrutura de financiamento da entidade, evidenciam a clara vocação de retalho da entidade. O rácio LTD (empréstimos/depósitos) situa-se em 96,8%, evidenciando a estrutura saudável de financiamento do ABANCA.
A entidade mantém a sua sólida posição de liquidez e solvência. O rácio de capital total alcança os 16,0% phase in. O capital de máxima qualidade (CET1) situa-se nos 13,1% phase in. O ABANCA apresenta um superavit de capital de 1.326 milhões de euros acima dos níveis de capital exigidos para CET1.
A posição de capital foi reforçada recentemente em 300 milhões de euros de dívida subordinada qualificada como Tier 2, que foi colocada dia 7 de outubro. Esta emissão, teve uma procura muito elevada de mais de 1.000 milhões de euros em menos de 2 horas. Com esta emissão, o ABANCA completa os requisitos de instrumentos qualificados como Tier2, e avança com o calendário de emissões para dar cumprimento aos requisitos MREL previstos para 2022.
Ratings: continua a tendência de subida
O bom desempenho do banco teve reflexo nas ações de rating levadas a cabo pelas agências que seguem o ABANCA.
Em Julho, a DBRS elevou em um escalão o rating de longo prazo do ABANCA, de BBB (low) a BBB, e o rating de curto prazo de R-2 (middle) a R-2 (high), ambos com perspetiva estável, garantindo assim a classificação do ABANCA como investment grade.
Em setembro, a Standard and Poor’s melhorou a avaliação do ABANCA subindo a perspetiva de rating de estável a positiva. O rating emissor de longo prazo situa-se assim no BB+, a um escalão de investment grade, e o de curto prazo em B.
O ABANCA é a entidade que acumula o maior número de melhorias de rating, como consequência dos resultados sólidos apresentados ao longo dos trimestres.